27 nov PEDRO ERNESTO
Pedro Ernesto

Nome: Pedro Ernesto
Biografia:
Nascido em Fortaleza-CE, a 18 de setembro de 1971, Pedro Ernesto Gonçalves Damasceno é filho de Manoel Damasceno de Souza e Eva Nina Gonçalves Damasceno. Nunca pensou na vida em ser poeta. Na verdade, sua primeira habilidade foi o desenho já aos 4 anos de idade. Estudou em bons colégios particulares e ingressou, pela primeira vez, no Curso de Ciências da Computação da UECE. Como não correspondia à sua vocação, abandonou-o e, anos depois, ingressou no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC. Graduou-se como bacharel em 2004. Em 2007, ingressou no curso de tecnólogo em artes plásticas pelo antigo CEFET, mudando depois para Licenciatura em Artes Visuais pelo IFCE. Atualmente, dedica-se a fazer poemas e ao desenho acadêmico e de caricaturas.
Poesias
AUTOBIOGRAFIA (SONETO 1)
Pedro Ernesto Gonçalves Damasceno
Meu nome é decassílabo heróico
Sofro a vida de modo tão estóico
Que meu sofrer parece muito ameno
Sou “tranquilo” por fora, mas por dentro
Mais pareço um vulcão em lava ardente
Pois não sei dizer “não” pra tanta gente
E, na negação, nunca me concentro
Fui gordo a vida inteira. Não tem jeito!!
O eu glutão que existe n’alma minha
Foi, pois, meu companheiro mais perfeito
Sou grande pros padrões da minha Terra
Mas do doce minh’alma é tão vizinha
Que meu olhar parece flor em guerra!!
A MORTE OU O DESTINO UNIVERSAL (SONETO 2)
A Morte é para todos o destino
Do rico ao pobretão ou miserável
Do homem de nobreza ao detestável
Do homem mais galã ao mais “suíno”
Pra que tantas riquezas ou vaidades
Se não cabem no barco de ataúde
Pra quem ao homem fino ou o mais rude
Restará a memória da saudade?
Adianta fugir do eu defunto
Se o Anjo da Morte onipresente
Nos levará à Terra dos pés-juntos?
Ao romper o cordão Antakarana
Ou o mesmo fio de prata vulgarmente
Seremos viajores do “Nirvana”.
PARA MINHA ALMA GÊMEA (SONETO 3)
Escrevo pra ti, moça de beleza
Que me negaste o amor por livre arbítrio
Imagino os teus olhos, olhos vítreos
Tens por mim a mais nobre gentileza
Lindíssima, de bela formosura
Mas não reconhecesse minhas cartas
Cujo teor tem mais que a bela Esparta
Fui delas criador pra criatura
Não é claro pra mim tua recusa
Em receber o amor por que te tenho
Se fiz algo de errado, peço escusas
Faz anos que te imploro com clamor
Poemas e retratos: todo empenho
Pois o amor se basta ao próprio amor.
A EDUCAÇÃO “PRUSSIANA” (SONETO 4)
Escolas e prisões são parecidas
Cadeiras, fardas, regras, disciplina
E no cérebro toda uma “faxina”
Informações inúteis pra uma vida
O modelo da Prússia em gerência
No mundo inteiro em mentes juvenis
Criou robôs humanos sem raiz
Perderam toda sua inteligência
Servindo de tijolo nesse muro
Ou peça nesse grande maquinário
Estudam na ilusão de um vão futuro
Necessitamos de uma EDUCAÇÃO
Libertada dos moldes “carcerários”
Pra libertar os jovens da “prisão”.
FASCISTAS NÃO PASSARÃO (SONETO 5)
Uma onda fascista varre o mundo
Mas na sua versão tupiniquim
Parece ser de tudo o nosso fim
Mergulhando o país em caos profundo
Ataques proferidos às dezenas
Contra os párias da torpe sociedade
Os asseclas nos pregam unidade
Unindo os cordeiros com hienas
Atacam-lhes sem dó, nem piedade
Os que são diferentes nas ideias
Iguais como cobaias da maldade
Armados de porrete qual tição
Qual lobos furiosos da alcatéia
Fascistas, porém, não passarão.